quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Recuerdos

Não é natural em mim postar 1 música deste género, como sei que concordarão. No entanto, pelas memórias boas e más que trás, achei que já não era sem tempo.

Algures na transição 9º/10º, em viagens que fiz pelo Leixões ou pela escola, esta música esteve sempre lá.
O meu primeiro cd gravado (!), os corações insistentemente partidos, as amizades fortalecidas, o sentimento de revolta e de injustiça constantes, a timidez que era taaaanta, o desenquadramento em que me sentia (e sinto), até a preocupação com o aquecimento global que, parecendo deslocada me chegou a tirar noites de sono! lol 1 apelo... professores do Mundo, também não é preciso martirizar as criancinhas! já percebemos que reciclar é bom e que a água é 1 recurso finito.
Voltando ao assunto, esta música esteve sempre lá, em tudo.

Como tenho memória de velhotinha, aprendi necessariamente a recorrer a meios extra-a-minha-cabeça-de-amendoim para recordar o que vivi. Esta música lembra-me tanto que estou a ponderar tomar notas antes de me esquecer outra vez.

Ah e sim, claro, também eu passei por 1 fase de hiphop. Get over it.

MDG - Dedicatória

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O Luto somos nós

Apraz-me hoje falar de lutos. Está um dia bonito, um dia de sol. O luto é naturalmente a primeira coisa que vem à cabeça.

Fosse o tema tratado com a leviandade com que corre nas bocas do mundo, a afirmação acima seria um tanto ou quanto piadética.



O luto.

Falo de lutos pessoais, não de lutos impostos e vividos em sociedade. De outros lutos tamanhos, que doem tremendamente de tão próximos e que só fazem sentido por serem única e exclusivamente nossos.

Todos já passámos por isso. Já todos perecemos por alguém e já todos em silêncio escondido sofremos por nós mesmos.

Amargurar por alguém ou por algo que já não é, custa, é mau e dói quanto baste, mas é quase a regra, faz aprender e um dia no fim faz crescer e até voar x).

O tema do luto pelo outro já deu o que tinha a dar. Já toda a gente ouviu falar e não tem interesse porque já não faz sequer pensar.

Ora... O sofrimento que parte de nós e em nós se fica, que nos tortura incansavelmente o espírito, esse sim!, pouco falado, quase que oprimido, desperta a curiosidade e faz matutar.

Quando sofremos por nós, pelo romance fantasiado em que nos tinhamos, por quem éramos e um dia percebemos que deixámos de ser, é preciso aprender que, não digo todos os dias, mais aí de semana e semana, evoluímos e crescemos.

O que há uma semana tínhamos como verdade tão certa e segura, começa hoje a ceder para na próxima se tornar certeza numa outrora mentira.

É verdade, não deixa de ser chocante, eu sei. Mas continua a ser verdade que crescemos e que os pequenos grandes lutos que fazemos dentro de nós são uma mais valia tanto para o auto-conhecimento como para a atitude com que nos enfrentamos e ao Mundo.

Porque não somos 1 poço de virtude, não somos santos e por vezes não sabemos sequer se somos "filhos de Deus", pensar o mal pode doer.
Hoje acreditar menos na bondade, perder uma pequena parte da inocência com que ao mundo viemos e crer também que o mal existe e anda nas ruas à espreita, faz parte desse luto de que falo. Do que é nosso e só a nós pertence.

Perceber um dia que afinal não somos o super-Homem, que também nós erramos, não detemos verdades absolutas e não somos capazes de fazer tudo ao mesmo tempo com uma ou duas pernas às costa e a planar, nem de salvar toda a gente.

Temos limites, é verdade, é chocante, eu sei. Mas temos.

É aqui que o luto entra, o reconhecimento de que os demónios pessoais existem e não vão desaparecer por evitarmos pensar neles. Crescer é inevitável e lidar connosco mesmos e com as humanas fragilidades que tanto nos definem, é, além de necessário, saudavel e bastante recomendável.

Depois disto, depois de crescermos mais um dia, apreciar um Sol como o de hoje torna-se especial. Sendo o Sol para todos e não pertencendo ainda assim a ninguém, olhá-lo hoje tem sabor a Conquista.
Aceitando mais hoje aquilo em que aos poucos nos tornamos (não somos todos uns diabos! não levemos isto ao extremo) e aprendendo a apreciarmo-nos comos somos, sem attachments de qualquer espécie, é como se deve olhar, na minha opinião, o Sol.




mI

1st photo: "Vorrei" by Smokedval
2nd photo: "Imaginary Hero" by EvilxElf
3rd photo: "O Dear What Have I Done?" by Tracie
4th photo: "Speak Your Mind" by Tracie

domingo, 13 de janeiro de 2008

Björk

Björk & Talvin Singh
Big time sensuality



WOW


Björk & Sigur rós
Saeglopur



double WOOW O_O

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

"Boca de cena"

Que jantar mais delicioso... Um muito obrigada bem grande, tão sincero e profundo quão grande o coração pode ser.

Foi O melhor jantar.

Desde o primeiro momento, desde o primeiro som até ao acender pronto da vela que se seguiu, foi amor. Foi amor porque foi conquista e foi mais amor ainda porque foi entrega.

Soube bem baixar a guarda por esta noite. Esta noite ser eu, frágil de ternura, sensível de loucura, eu. Esta noite só, dar de mim e receber. Receber hoje bem mais do que algum dia sonhei dar.

Foi bom partilhá-lo convosco. As pétalas, as "festinhas", os poemas... As "mãos cheias de nada", a "face rasgada de ti" e por fim os "meus lábios agora teus". Fracções de um poema maior, excertos que marcaram não só pela declamação calejada de tão vivida, mas sobretudo pela viagem, pela magia que embalou e fez sonhar.

Esta noite voei. Voei convosco e amei.



"Boca de cena", num mosteiro perto de si.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Heather Small

Baaaasicamente hoje descobri a pólvora.

Música antiguinha, voz poderosa, para animar o pessoal! xD

Moving on up, Heather Small (from M People)

Um fim de semana em grande *