quarta-feira, 23 de abril de 2008

Oyster Boy

Hoje, depois do belo do almoço na companhia dos meus amores, decidi passear pela baixa.
Dei por mim à porta da fnac, entrei, presenteei-me com um livro (afinal, o dia hoje está tão bonito!).

Trouxe comigo um livro de contos absolutamente fantástico! Escondido num cantinho, lá estava ele: The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories de Tim Burton.
Li-o de uma assentada só.

Deixo aqui um excerto, por pura crueldade, só mesmo para aguçar a curiosidade ;)


The Melancholy Death of Oyster Boy

«"Really, sweetheart", she said,
"I don't mean to make fun,
but something smells fishy
and I think it's our son."
"I don't like to say this, but it must be said,
you're blaming our son for our problems in bed"
(...)
The doctor diagnosed,
"I can't be quite sure,
but the cause of the problem may also be the cure.
They say oysters improve your sexual powers.
Perhaps eating your son
would help you do it for hours!"»

Como sempre, surreal e macabro. Espectacular.

(Aqui podem ler o conto completo xP afinal não fui má de todo.)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Reflicto

Hoje foi um dia produtivo.
Pensei bastante em mim, nos outros, na trama em que involuntaria ou voluntariamente estamos envoltos... Tomei decisões.

Hoje peguei no tempo e ganhei coragem para, por palavras, derrubar alguns conceitos há muito findos em mente:

A realidade absoluta não existe e as horas que o tempo nos dá, mais não são do que a projecção de um ritmo que nos é intrínseco.
O tempo também não existe.
(A Manuca e o Siddhartha tinham razão ;))


mI

Photo: Timeless by MMmeilor

sábado, 19 de abril de 2008

Infância

Quando era pequenina ouvia este grande Senhor muitas muitas vezes.

Eram os vinis ao anoitecer e por vezes logo pela manhã, o som a ecoar bem alto, não apenas pela casa, mas também pela nossa alma.

Eram os cantares entre eles, de guitarra em punho e voz bem afinada, entre amigos e amigas que eu não conhecia, que hoje pouco vejo e ainda assim admiro.

O coração cheio. Belos serões passados.


"Que o Amor não me engana", Zeca Afonso

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Voltar

Parece já ter passado uma eternidade. O tempo não parou, é verdade, continuou a correr desde que voltámos.

E junto com o habitual frenesim de emoção, também o medo de esquecer voltou.

É aquela sombra constante. Diria que me persegue, este pavor de não ser capaz de recordar.

Não quero esquecer! Caramba!

Hei-de sempre lembrar aquela luz tão particular.
Hei-de sempre lembrar as semanas plenas de cor em que juntos pintámos o sonho em que vivemos.

Nem lá nem aqui a aventura me pareceu real.

Quero ainda assim recordar o mais ínfimo dos pormenores.
Quero não deixar que nada, nem mesmo ninguém, se atravesse nesse caminho que foi nosso, no caminho por memórias hoje desenhado.


mI

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Comme si l'amour - Shine

Enquanto não tenho fotos da nossa bela e surreal aventura por terras indígenas, aqui fica 1 música que me faz voar alto, para bem bem longe x))

"Comme si l'amour

Comment s’inventer
Une charmante histoire
A partir de rien, d’une vision brumeuse, d’un regard
Incertain…
Et que de certitudes
Le c--ur vert fait siennes
Quand il cherche
A tout prix à croire à tous les contes de fée de l’enfance

Quand le corps voyage
L’esprit navigue, tangue,
Se noie, refait surface
Comme un radeau perdu
Dans un océan
De vaporeuse écume

Elle s’approche de lui, lentement s’écarte,
Se perd dans ses yeux, s’enivre de son doux parfum
Qui l’étourdit
Il perçoit son trouble,
Se trouble à son tour,
Se reprend,
Lui sourit,
Saisit sa main dans un élan irrépressible

Quand le c--ur s’emballe
Les souffles se mêlent en une même respiration
Comme si l’amour était une bulle d’oxygène
Légère bulle de savon

Dans le brouillard de l’émotion
Seules comptent nos folles impressions
Ce souffle de vie qui s’échappe de nos lèvres impatientes
Cette brise éphémère qui enhardit nos pensées en grisant
Nos sens

Quand le corps voyage
L’esprit navigue, tangue,
Se noie, refait surface
Comme un radeau perdu
Dans un océan
De vaporeuse écume

Quand le c--ur s’emballe
Les souffles se mêlent en une même respiration
Comme si l’amour était une bulle d’oxygène
Légère bulle de savon"

written by hanane laraki
composed by hanane laraki & laurent houdard
Shine


photo: "dandelion" by smokedval