Parece já ter passado uma eternidade. O tempo não parou, é verdade, continuou a correr desde que voltámos.
E junto com o habitual frenesim de emoção, também o medo de esquecer voltou.
É aquela sombra constante. Diria que me persegue, este pavor de não ser capaz de recordar.
Não quero esquecer! Caramba!
Hei-de sempre lembrar aquela luz tão particular.
Hei-de sempre lembrar as semanas plenas de cor em que juntos pintámos o sonho em que vivemos.
Nem lá nem aqui a aventura me pareceu real.
Quero ainda assim recordar o mais ínfimo dos pormenores.
Quero não deixar que nada, nem mesmo ninguém, se atravesse nesse caminho que foi nosso, no caminho por memórias hoje desenhado.
mI
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